Crónica com uma década ... mas actual - I !
Em virtude dos pedidos que temos tido para informar sobre aspectos deste concelho, decidimos publicar algumas das Crónicas de História Local e Regional que publicamos, depois de devidamente actualizadas e aumentadas em alguns casos.
É mais uma base de dados para contributos a quem tem que realizar trabalhos académicos ou outros nestas temáticas sobre Poiares.
A todos um bem - haja.
Crónica I / aboreirascriptorium
Nos primeiros dias do mês de Janeiro do ano de 1900 alguns dos jornais nacionais questionavam a mudança ou não de século. Nos primeiros dias do mês de Janeiro do ano 2000 a questão persiste. Não é apenas a dúvida que permanece, os desejos, os sonhos, as antevisões para o futuro figuraram na imprensa escrita das décadas passadas, tal como inundam os media dos nossos dias.
Ao iniciarmos este espaço dedicado à história do Concelho de Vila Nova de Poiares, justamente num período de mudança e de esperança, surge-nos como pertinente recuar ao passado por forma a avaliar o presente e perspectivar o futuro. Não fomos, no entanto, os primeiros a fazê-lo, há meio século atrás houve quem esboçasse o Poiares que estaria para vir. Assim, não podíamos deixar de vos dar a conhecer a capa de um Boletim (edição especial do Boletim da Casa do Concelho de Poiares), editado em Dezembro de 1950.
Projecto futurista desenhado por José Vítor Veneno e Eduardo Rodrigues Ferreira, acerca do qual a direcção escrevia: «O progresso nunca é um fim, é sempre uma ânsia de mais trabalho, de maior perfeição. Poiares, ou melhor, os naturais de Poiares não podem fugir a tal movimento, a esse amor pelo progresso!». Na época, os leitores deste Boletim estavam perante uma antevisão do Poiares que esperavam ser real passadas algumas décadas. E as décadas passaram.
Este desenho não foi, com certeza, o único traçado em meados do século XX prevendo o futuro. Na realidade, inúmeros artigos, caricaturas e esboços versando a realidade do «tempo que há-de vir» foram realizados ao longo da História das civilizações. Seria o século XIX, graças ao poder da imprensa, a dar às massas populares o conhecimento destas previsões futuristas, bem à maneira de Júlio Verne. Só que o desenho que o leitor tem perante si, não é de Lisboa ou de Paris, de nenhuma grande cidade se trata! É mesmo deste pequeno/grande concelho, deste pequeno espaço a que tantos Poiarenses se dedicam de corpo e alma, daí que nos tenha tocado de forma mais intensa. Daí o desejo de o partilhar com todos aqueles que fazem a raça desta terra.
Cinco décadas passaram. Engane-se quem pense que pretendemos fazer um balanço das mesmas. Não temos essa pretensão. Não estamos aqui com o intuito de avaliar o que foi feito, ou o que está por fazer. É certo que o passar dos anos dita por vezes algo contrário à vontade dos Homens, tornando a realidade diferente daquilo que quereríamos ver. A História, peneira a verdade do tempo deixado para trás, sobressaindo da obra feita, o bom e o mau.
Não foi necessário mais que meio século (e em particular os últimos vinte e cinco anos), para que uma pequena vila constituída pelo largo da igreja e por uma rua principal ladeada de prédios, se afirmasse voltada para o futuro e oferecendo a todos que a procuram um considerável índice de desenvolvimento.
Claro que já se assumia como vila em 1905, quando D. Carlos I, penúltimo rei de Portugal, lhe concede esse título. Claro que já era vila quando obteve as suas armas concelhias em 1938. Claro que manteve o seu estatuto de vila durante as difíceis décadas de '40 e '50, quando apesar da recente guerra os Poiarenses lutaram para que se levassem a cabo as necessárias obras públicas. Neste período processou-se a electrificação e o abastecimento de água a algumas partes do concelho, bem como a grande reforma dos Paços do Concelho. Poderá ao leitor parecer pouco, mas é aceitável que as obras se fazem consoante as verbas e o poder central instituído. Sabemos hoje que esses tempos não eram fáceis.
A instabilidade resultante das diversas supressões do concelho, demorou tempo a esquecer, mesmo após a sua restauração em 1898. O desenvolvimento do concelho era notório, mas faltavam grandes obras que evidenciassem o seu território, face aos concelhos vizinhos. Os notáveis Poiarenses lutaram insistentemente para que este território se mantivesse estável e autónomo dos concelhos da Lousã e de Penacova. Assim o teriam feito aquando do 2.º suprimento do concelho, tendo-se deslocado num «carro de bois» à Lousã por forma a resgatar os livros que permitiriam a restauração definitiva de Poiares.
Apesar de todos os melhoramentos feitos durante a Ditadura, pensamos que só a partir da instauração da Democracia, com a Revolução de Abril, Poiares se terá aproximado da ficção preconizada pelo desenho que, há cerca de meio século, foi publicada no Boletim da Casa do Concelho de Poiares. É bem verdade que não temos um aeroporto ou aeródromo, que não existe um grandioso estádio de futebol, nem sequer uma estação de comboios. Mas, é claro que recuando até à década de 50 o cenário era outro, as pretensões eram diferentes. A aspiração por uma estação de correios autónoma, surgia numa altura em que eram poucos os automóveis e o comboio era o veículo mais acessível e, como tal, mais desejado.
Verificamos hoje que as expectativas desse tempo, tão recente e tão longínquo, foram largamente ultrapassadas pelos progressos ocorridos nas últimas décadas do século XX. Visões que ficaram muito aquém das mudanças que se operaram quer no sector dos transportes, quer no sector das telecomunicações. Talvez tenham sido poucos os que sonharam com a sociedade consumiste do presente, com a maximização do automóvel em detrimento dos transportes públicos.
No entanto, algumas das aspirações dos nossos antepassados Poiarenses permanecem na mente daqueles que governam o presente. Sabemos que é intenção, talvez cada vez menos sonhadora e mais realista, construir um estádio de futebol, a par do já existente complexo desportivo. A aviação também não está esquecida, por certo o nosso leitor já ouviu falar do desejo de construção de um aérodromo. Continua-se a prever que Poiares poderá um dia ser servido por um metro de superfície. É aspiração de todos os Poiarenses o melhoramento das vias rodoviárias, sendo a E. N. 17 defendida acerrimamente por quem de direito.
Relativamente à indústria, podemos dizer que o parque industrial é um ex libris da região, daí que nunca mais se volte a escrever que «Poiares não dispõe da indústria necessária para o seu desenvolvimento» (Vila Nova de Poiares, Monografia, de Manuel Leal Júnior). O Mercado Municipal é hoje uma realidade pela qual tantos presidentes desta câmara municipal lutaram. A Guarda Nacional Republicana possui actualmente um quartel condigno, não se encontrando instalada numa casa de habitação da qual, noutros tempos, se pagava renda ao proprietário. Também os Bombeiros Voluntários possuem um quartel do qual se podem orgulhar.
A educação é uma preocupação e uma realidade, sendo que os nossos jovens não necessitam de abandonar o seu concelho para concluírem o ensino secundário, podendo-se mesmo esperar uma escola politécnica num futuro próximo. As diversas instituições públicas encontram-se em instalações próprias, como é o caso das conservatórias, do cartório notarial e dos correios, que em tempos foram inseridas no edifício dos Paços do Concelho.
Avenidas, ruas asfaltadas, passeios calcetados, podemos sonhar com uma urbe!
Muita coisa falta diz-nos o leitor! Claro que falta, é esse o espírito dos Poiarenses. É claro que se terá de fazer mais, mas por vezes já parece milagre, pois só podemos construir consoante o que temos.
Por vezes parece que temos muito pouco. Mas o que era Poiares há cento e sessenta e três anos? Sim quando nasceu o concelho! E há cem anos? Há cinquenta anos? Parece injusto exigir-se tanto, o possível e o impossível, mas são esses aspectos que servirão de mola impulsionadora daqueles que querem continuar o progresso desta terra. São, na nossa modesta opinião, injustos os comentários que se tecem em determinadas conversas a que por vezes assistimos.
Diversos são os comentários nos quais se compara o nosso concelho e o progresso que este teve com concelhos limítrofes, particularmente com Lousã ou Penacova. É lógico que se analisarmos a História desses concelhos nos apercebemos de que a sua antiguidade e as benesses a que tiveram direito, lhes permitem oferecer um leque mais variado de bens e serviços a que Poiares, por força das circunstâncias, nunca teve acesso. O que não quer dizer que o seu desenvolvimento recente tenha sido superior ao do nosso concelho.
Se procurarmos fazer uma comparação num mesmo período temporal, de forma alguma se poderá dizer que Poiares cresceu menos, muito pelo contrário. Poiares será um dos concelhos com maior desenvolvimento nas últimas décadas. Basta que, na referida comparação, pensemos no que eram os concelhos de Penacova, Lousã e Poiares em 1950 ou em 1974 e no seu estádio de desenvolvimento actual. Não será difícil de verificar que, proporcionalmente, Poiares terá tido um desenvolvimento mais acentuado.
Lousã e Penacova eram já concelhos centenários quando Poiares nasceu como concelho, e terá sido por isso que tantos problemas surgiram e foram inúmeros os jogos de poder. Mas, Poiares apesar de pequeno soube o seu lugar e impôs-se num território que era e é seu por direito.
Pensamos que nenhum Poiarense que ame a sua terra ache impossível que, com esforço e dedicação, se possa construir e projectar o futuro, por mais barreiras que se levantem, tudo poderá ser possível. O progresso ocorrido, neste último meio século, na História do concelho de Poiares e em particular no último quartel do século, é notório e de assinalar. Nos últimos vinte e cinco anos, Poiares marcou de uma forma definitiva a sua História, demarcando-se como concelho autónomo, como concelho que se orgulha do seu passado, do seu presente e que projecta o futuro, num território seu e com identidade própria.
Num voto de perfeitas venturas, esperamos que nos próximos anos se continuem a cumprir as profecias de alguém que em meados do século XX, traçou progressos que foram vistos como sonhadores. Progressos esses que hoje nós vemos como bem possíveis e que de futuro (esperemos que breve) sejam, uma realidade, pois estamos «caminhando para um Poiares melhor!».
(Jornal O Poiarense - do autor)
Crónicas
da História Local
Número 1 (1 de Janeiro de 2000)
por: Dr. Pedro Santos
Nos primeiros dias do mês de Janeiro do ano de 1900 alguns dos jornais nacionais questionavam a mudança ou não de século. Nos primeiros dias do mês de Janeiro do ano 2000 a questão persiste. Não é apenas a dúvida que permanece, os desejos, os sonhos, as antevisões para o futuro figuraram na imprensa escrita das décadas passadas, tal como inundam os media dos nossos dias.
Ao iniciarmos este espaço dedicado à história do Concelho de Vila Nova de Poiares, justamente num período de mudança e de esperança, surge-nos como pertinente recuar ao passado por forma a avaliar o presente e perspectivar o futuro. Não fomos, no entanto, os primeiros a fazê-lo, há meio século atrás houve quem esboçasse o Poiares que estaria para vir. Assim, não podíamos deixar de vos dar a conhecer a capa de um Boletim (edição especial do Boletim da Casa do Concelho de Poiares), editado em Dezembro de 1950.
Projecto futurista desenhado por José Vítor Veneno e Eduardo Rodrigues Ferreira, acerca do qual a direcção escrevia: «O progresso nunca é um fim, é sempre uma ânsia de mais trabalho, de maior perfeição. Poiares, ou melhor, os naturais de Poiares não podem fugir a tal movimento, a esse amor pelo progresso!». Na época, os leitores deste Boletim estavam perante uma antevisão do Poiares que esperavam ser real passadas algumas décadas. E as décadas passaram.
Este desenho não foi, com certeza, o único traçado em meados do século XX prevendo o futuro. Na realidade, inúmeros artigos, caricaturas e esboços versando a realidade do «tempo que há-de vir» foram realizados ao longo da História das civilizações. Seria o século XIX, graças ao poder da imprensa, a dar às massas populares o conhecimento destas previsões futuristas, bem à maneira de Júlio Verne. Só que o desenho que o leitor tem perante si, não é de Lisboa ou de Paris, de nenhuma grande cidade se trata! É mesmo deste pequeno/grande concelho, deste pequeno espaço a que tantos Poiarenses se dedicam de corpo e alma, daí que nos tenha tocado de forma mais intensa. Daí o desejo de o partilhar com todos aqueles que fazem a raça desta terra.
Cinco décadas passaram. Engane-se quem pense que pretendemos fazer um balanço das mesmas. Não temos essa pretensão. Não estamos aqui com o intuito de avaliar o que foi feito, ou o que está por fazer. É certo que o passar dos anos dita por vezes algo contrário à vontade dos Homens, tornando a realidade diferente daquilo que quereríamos ver. A História, peneira a verdade do tempo deixado para trás, sobressaindo da obra feita, o bom e o mau.
Não foi necessário mais que meio século (e em particular os últimos vinte e cinco anos), para que uma pequena vila constituída pelo largo da igreja e por uma rua principal ladeada de prédios, se afirmasse voltada para o futuro e oferecendo a todos que a procuram um considerável índice de desenvolvimento.
Claro que já se assumia como vila em 1905, quando D. Carlos I, penúltimo rei de Portugal, lhe concede esse título. Claro que já era vila quando obteve as suas armas concelhias em 1938. Claro que manteve o seu estatuto de vila durante as difíceis décadas de '40 e '50, quando apesar da recente guerra os Poiarenses lutaram para que se levassem a cabo as necessárias obras públicas. Neste período processou-se a electrificação e o abastecimento de água a algumas partes do concelho, bem como a grande reforma dos Paços do Concelho. Poderá ao leitor parecer pouco, mas é aceitável que as obras se fazem consoante as verbas e o poder central instituído. Sabemos hoje que esses tempos não eram fáceis.
A instabilidade resultante das diversas supressões do concelho, demorou tempo a esquecer, mesmo após a sua restauração em 1898. O desenvolvimento do concelho era notório, mas faltavam grandes obras que evidenciassem o seu território, face aos concelhos vizinhos. Os notáveis Poiarenses lutaram insistentemente para que este território se mantivesse estável e autónomo dos concelhos da Lousã e de Penacova. Assim o teriam feito aquando do 2.º suprimento do concelho, tendo-se deslocado num «carro de bois» à Lousã por forma a resgatar os livros que permitiriam a restauração definitiva de Poiares.
Apesar de todos os melhoramentos feitos durante a Ditadura, pensamos que só a partir da instauração da Democracia, com a Revolução de Abril, Poiares se terá aproximado da ficção preconizada pelo desenho que, há cerca de meio século, foi publicada no Boletim da Casa do Concelho de Poiares. É bem verdade que não temos um aeroporto ou aeródromo, que não existe um grandioso estádio de futebol, nem sequer uma estação de comboios. Mas, é claro que recuando até à década de 50 o cenário era outro, as pretensões eram diferentes. A aspiração por uma estação de correios autónoma, surgia numa altura em que eram poucos os automóveis e o comboio era o veículo mais acessível e, como tal, mais desejado.
Verificamos hoje que as expectativas desse tempo, tão recente e tão longínquo, foram largamente ultrapassadas pelos progressos ocorridos nas últimas décadas do século XX. Visões que ficaram muito aquém das mudanças que se operaram quer no sector dos transportes, quer no sector das telecomunicações. Talvez tenham sido poucos os que sonharam com a sociedade consumiste do presente, com a maximização do automóvel em detrimento dos transportes públicos.
No entanto, algumas das aspirações dos nossos antepassados Poiarenses permanecem na mente daqueles que governam o presente. Sabemos que é intenção, talvez cada vez menos sonhadora e mais realista, construir um estádio de futebol, a par do já existente complexo desportivo. A aviação também não está esquecida, por certo o nosso leitor já ouviu falar do desejo de construção de um aérodromo. Continua-se a prever que Poiares poderá um dia ser servido por um metro de superfície. É aspiração de todos os Poiarenses o melhoramento das vias rodoviárias, sendo a E. N. 17 defendida acerrimamente por quem de direito.
Relativamente à indústria, podemos dizer que o parque industrial é um ex libris da região, daí que nunca mais se volte a escrever que «Poiares não dispõe da indústria necessária para o seu desenvolvimento» (Vila Nova de Poiares, Monografia, de Manuel Leal Júnior). O Mercado Municipal é hoje uma realidade pela qual tantos presidentes desta câmara municipal lutaram. A Guarda Nacional Republicana possui actualmente um quartel condigno, não se encontrando instalada numa casa de habitação da qual, noutros tempos, se pagava renda ao proprietário. Também os Bombeiros Voluntários possuem um quartel do qual se podem orgulhar.
A educação é uma preocupação e uma realidade, sendo que os nossos jovens não necessitam de abandonar o seu concelho para concluírem o ensino secundário, podendo-se mesmo esperar uma escola politécnica num futuro próximo. As diversas instituições públicas encontram-se em instalações próprias, como é o caso das conservatórias, do cartório notarial e dos correios, que em tempos foram inseridas no edifício dos Paços do Concelho.
Avenidas, ruas asfaltadas, passeios calcetados, podemos sonhar com uma urbe!
Muita coisa falta diz-nos o leitor! Claro que falta, é esse o espírito dos Poiarenses. É claro que se terá de fazer mais, mas por vezes já parece milagre, pois só podemos construir consoante o que temos.
Por vezes parece que temos muito pouco. Mas o que era Poiares há cento e sessenta e três anos? Sim quando nasceu o concelho! E há cem anos? Há cinquenta anos? Parece injusto exigir-se tanto, o possível e o impossível, mas são esses aspectos que servirão de mola impulsionadora daqueles que querem continuar o progresso desta terra. São, na nossa modesta opinião, injustos os comentários que se tecem em determinadas conversas a que por vezes assistimos.
Diversos são os comentários nos quais se compara o nosso concelho e o progresso que este teve com concelhos limítrofes, particularmente com Lousã ou Penacova. É lógico que se analisarmos a História desses concelhos nos apercebemos de que a sua antiguidade e as benesses a que tiveram direito, lhes permitem oferecer um leque mais variado de bens e serviços a que Poiares, por força das circunstâncias, nunca teve acesso. O que não quer dizer que o seu desenvolvimento recente tenha sido superior ao do nosso concelho.
Se procurarmos fazer uma comparação num mesmo período temporal, de forma alguma se poderá dizer que Poiares cresceu menos, muito pelo contrário. Poiares será um dos concelhos com maior desenvolvimento nas últimas décadas. Basta que, na referida comparação, pensemos no que eram os concelhos de Penacova, Lousã e Poiares em 1950 ou em 1974 e no seu estádio de desenvolvimento actual. Não será difícil de verificar que, proporcionalmente, Poiares terá tido um desenvolvimento mais acentuado.
Lousã e Penacova eram já concelhos centenários quando Poiares nasceu como concelho, e terá sido por isso que tantos problemas surgiram e foram inúmeros os jogos de poder. Mas, Poiares apesar de pequeno soube o seu lugar e impôs-se num território que era e é seu por direito.
Pensamos que nenhum Poiarense que ame a sua terra ache impossível que, com esforço e dedicação, se possa construir e projectar o futuro, por mais barreiras que se levantem, tudo poderá ser possível. O progresso ocorrido, neste último meio século, na História do concelho de Poiares e em particular no último quartel do século, é notório e de assinalar. Nos últimos vinte e cinco anos, Poiares marcou de uma forma definitiva a sua História, demarcando-se como concelho autónomo, como concelho que se orgulha do seu passado, do seu presente e que projecta o futuro, num território seu e com identidade própria.
Num voto de perfeitas venturas, esperamos que nos próximos anos se continuem a cumprir as profecias de alguém que em meados do século XX, traçou progressos que foram vistos como sonhadores. Progressos esses que hoje nós vemos como bem possíveis e que de futuro (esperemos que breve) sejam, uma realidade, pois estamos «caminhando para um Poiares melhor!».
(Jornal O Poiarense - do autor)
Crónicas
da História Local
Número 1 (1 de Janeiro de 2000)
por: Dr. Pedro Santos
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