As Mós em Pedra são de Poyares ...pois então!
São da Freguesia de São Miguel de Poiares e ainda hoje se trabalha a “pedra”. È a partir dos “arenitos” – tradicionalmente explorados na Serra de São Pedro Dias – que são feitas as mós, assim como outros objectos em pedra e é o seu colorido que dá aos artefactos um jogo cromático de beleza característica e singular. Hoje o Eduardo Lima faz pequenas maravilhas que costuma mostrar nas feira de Artesanato como na POIARTES por exemplo.
Inicialmente a extracção da pedra era feita com pólvora, mais tarde com dinamite. Esta extracção da matéria-prima para o fabrico das mós era uma tarefa extremamente dura, até porque todo o transporte era feito com animais (juntas de Bois) e com a força do homem. A extracção da pedra era feita de forma semelhante ao da pedra calcária (cal) ou como a de Portunhos da Pedra de Ançã.
Era na própria pedreira que a pedra tinha que ser desgastada o mais possível, por forma a facilitar o transporte de pedras cujo peso poderia atingir facilmente números acima de mais de 1.000 Kg.
Existiam no concelho várias explorações, no lugar do Olho Marinho as pedreiras estiveram na origem da abertura de muitas oficinas de talhamento das mós com a importância que daí advinha. A Câmara Municipal alugava terrenos Baldios e da Câmara/ ou Juntas para extrair pedra, advindo dai lucros para o concelho. Vários registos atestam isso mesmo no concelho de Poiares, Lousã e outros.
O fabrico das mó em tempos recuados assumiu uma importância muito significativa, até porque as mós eram utensílios utilizados para moer o milho, o centeio, a aveia e outros cereais. Mas não só neste tipo de industria (Moinhos), eram utilizada as mós, pois as azenhas e os lagares, tal como a indústria vidreira e outras, utilizavam as mós para trituração.
As mós de Poiares eram vendidas para todo o País. Ainda à pouco tempo pudemos constatar que os moleiros de Avanca utilizavam (por serem as melhores) as mós de Poiares. (Seminário da Broa de Avanca em Dezembro de 2007)
Também na zona de Queluz onde os Marqueses de Pombal tinham moagens as pedras eram originárias de Poiares por serem estas as melhores do “Reino”. Há poucos anos ainda foi feita uma replica para ir para esses Eco – Museus dos Palácios dos Marqueses de Pombal em Queluz.
Hoje em dia, com o declínio dos moinhos, as peças que têm mais procura servem, essencialmente, para fins decorativos. No concelho hoje, como nesses tempos antigos, os artesãos utilizam precisamente a mesma forma de trabalhar. No talhamento são utilizadas várias ferramentas como o martelo, o compasso, os picões e as barras. A maior parte do trabalho de cabouqueiro é passado a trabalhar a pedra com o picão, de forma a fazer surgir as tradicionais mós.
As mós eram e são talhadas em quatro tamanhos: 90 cm, 1 m, 1.05 m e 1.20m. A tradição em Olho Marinho continua a resistir á passagem dos anos e ainda hoje por lá se pode encontrar quem fabrique as mós como nos tempos antigos.
Pedro Santos
São da Freguesia de São Miguel de Poiares e ainda hoje se trabalha a “pedra”. È a partir dos “arenitos” – tradicionalmente explorados na Serra de São Pedro Dias – que são feitas as mós, assim como outros objectos em pedra e é o seu colorido que dá aos artefactos um jogo cromático de beleza característica e singular. Hoje o Eduardo Lima faz pequenas maravilhas que costuma mostrar nas feira de Artesanato como na POIARTES por exemplo.
Inicialmente a extracção da pedra era feita com pólvora, mais tarde com dinamite. Esta extracção da matéria-prima para o fabrico das mós era uma tarefa extremamente dura, até porque todo o transporte era feito com animais (juntas de Bois) e com a força do homem. A extracção da pedra era feita de forma semelhante ao da pedra calcária (cal) ou como a de Portunhos da Pedra de Ançã.
Era na própria pedreira que a pedra tinha que ser desgastada o mais possível, por forma a facilitar o transporte de pedras cujo peso poderia atingir facilmente números acima de mais de 1.000 Kg.
Existiam no concelho várias explorações, no lugar do Olho Marinho as pedreiras estiveram na origem da abertura de muitas oficinas de talhamento das mós com a importância que daí advinha. A Câmara Municipal alugava terrenos Baldios e da Câmara/ ou Juntas para extrair pedra, advindo dai lucros para o concelho. Vários registos atestam isso mesmo no concelho de Poiares, Lousã e outros.
O fabrico das mó em tempos recuados assumiu uma importância muito significativa, até porque as mós eram utensílios utilizados para moer o milho, o centeio, a aveia e outros cereais. Mas não só neste tipo de industria (Moinhos), eram utilizada as mós, pois as azenhas e os lagares, tal como a indústria vidreira e outras, utilizavam as mós para trituração.
As mós de Poiares eram vendidas para todo o País. Ainda à pouco tempo pudemos constatar que os moleiros de Avanca utilizavam (por serem as melhores) as mós de Poiares. (Seminário da Broa de Avanca em Dezembro de 2007)
Também na zona de Queluz onde os Marqueses de Pombal tinham moagens as pedras eram originárias de Poiares por serem estas as melhores do “Reino”. Há poucos anos ainda foi feita uma replica para ir para esses Eco – Museus dos Palácios dos Marqueses de Pombal em Queluz.
Hoje em dia, com o declínio dos moinhos, as peças que têm mais procura servem, essencialmente, para fins decorativos. No concelho hoje, como nesses tempos antigos, os artesãos utilizam precisamente a mesma forma de trabalhar. No talhamento são utilizadas várias ferramentas como o martelo, o compasso, os picões e as barras. A maior parte do trabalho de cabouqueiro é passado a trabalhar a pedra com o picão, de forma a fazer surgir as tradicionais mós.
As mós eram e são talhadas em quatro tamanhos: 90 cm, 1 m, 1.05 m e 1.20m. A tradição em Olho Marinho continua a resistir á passagem dos anos e ainda hoje por lá se pode encontrar quem fabrique as mós como nos tempos antigos.
Pedro Santos
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